Bolsonaro busca foto com irmãos de petista assassinado
Foto: Reprodução
Apesar das resistências do Centrão e outros setores do governo, Jair Bolsonaro insiste em receber os dois irmãos bolsonaristas de Marcelo Arruda, o petista assassinado no último final de semana, no Paraná.
O presidente convidou José Arruda e Luis Arruda para estarem em Brasília nesta semana e os deseja concedendo uma entrevista para esclarecer a morte do irmão, que está “caindo no colo” de Bolsonaro, segundo suas palavras.
O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), quem está intermediando esse encontro, afirmou na noite de ontem que os dois não vieram essa semana por falta de “agenda” de Bolsonaro. E que está confirmado a viagem deles para a capital semana que vem, ainda sem data marcada.
“O presidente teve uma agenda muito cheia essa semana e ficou para semana que vem. O presidente diz que fará do jeito que os dois quiserem. Se terá coletiva ou se será algo mais reservado e serão divulgadas apenas as fotos” – disse Otoni.
O deputado disse que a reação da viúva de Marcelo, Pâmela Suellen Silva, que classificou de “absurdo” o contato de Bolsonaro com os cunhados, foi uma “pressão” do PT.
“Ela está sendo pressionada pelo PT. Nada que falam é deles (se referindo também a sobrinhos de Marcelo). Estão sendo pressionados pela esquerda, pelo PT” – disse o deputado.
Otoni afirmou que tem mantido contatos diários com os dois e que ontem Bolsonaro falou com um deles novamente.
Questionado a razão de ter sido o escolhido pelo presidente para ir ao Paraná, e não um parlamentar daquele estado, Otoni acredita que por ter sido ele quem deu a notícia a Bolsonaro da existência de bolsonaristas na família da vítima.
Além de outra realização, que tem a ver com o perfil do parlamentar.
“Fui escolhido por um perfil mais pastoral. Ele não queria politizar. Por isso não pegou ninguém do estado” – disse.