Centrais sindicais hesitam em apoiar Manifesto pró-democracia

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Foto: Lucas Martins/Photo Press

As principais centrais sindicais do país se reúnem na manhã desta quinta-feira para decidir se vão aderir ao manifesto patronal Em Defesa da Democracia e da Justiça, da Fiesp — a Federação das Indústrias de São Paulo.

O documento está sendo construído por associações empresariais, sindicatos e entidades — como a Febraban, que já sinalizou que vai assinar o texto — e já é a segunda manifestação do tipo a ser divulgada nos últimos dias.

“Vamos ter uma reunião para decidir se vamos entrar no manifesto dos empresários, ou se vamos ter o nosso manifesto (…) Porque independentemente de ser empresário, agronegócio, ou qualquer posição que seja, economicamente, mas que defenda a democracia, estamos juntos”, diz Ricardo Patah, presidente da UGT, uma das centrais que estarão no encontro.

Na terça, 25, um outro documento, intitulado Carta aos brasileiros, foi apresentado por ex-alunos da Faculdade de Direito da USP.

Também na linha de defesa da democracia, das urnas eletrônicas, e contra os ataques de Jair Bolsonaro, o texto vem tendo repercussão após ganhar o apoio de banqueiros como Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal, da própria Fiesp, e de dez ex-ministros do STF, além de juristas, advogados e artistas.

Enquanto o manifesto dos ex-alunos da USP já está disponível e aberto para receber assinaturas online — até esta quarta, já eram 100.000 ratificações –, o documento que está sendo preparado pela Fiesp apenas será divulgado em 11 de agosto.

Na mesma data, dois eventos quase simultâneos estão marcados na Faculdade de Direito da USP, com a leitura de ambos os textos.

Às 10h, no Salão Nobre, deverá ser lido Em Defesa da Democracia e da Justiça. Às 11h30, será a vez de Carta aos Brasileiros ser lida no pátio da faculdade.

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