Empresários paulistas se reúnem para ouvir Haddad
Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
Num jantar com empresários ontem em São Paulo, promovido pelo Esfera Brasil, Fernando Haddad mirou sua artilharia em Jair Bolsonaro e em Tarcísio de Freitas.
Na noite em que o Datafolha reafirmou sua liderança nas pesquisas, chamou Bolsonaro de “tosco” e o seu adversário na disputa pelo governo de São Paulo de “capacho”:
— Não imagino a possibilidade não só fo Brasil elegê-lo (presidente) como a de jogar São Paulo nas mãos de um capacho, um capacho que ele manda para cá e que nunca pisou em São Paulo. Seria a mesma coisa que eu me candidatasse a governador da Bahia porque fui bem na Bahia em 2018.
Haddad usou boa parte do tempo para falar de questões nacionais. Para adoçar a boca da plateia, defendeu a iniciatiba privada:
— Não é inibindo a iniciativa privada, mas sim patrocinando mais oportunidade para as pessoas, garantindo a educação para o filho do trabalhador, oferecendo universidade pública para o menino da periferia, é assim que vamos corrigindo os problemas. Veja o valor das ações dos grupos empresariais durante o meu mandato no Ministério da Educação, houve uma valorização expressiva.
E defendeu o aumento do imposto sobre herança:
— Até para não ser demagógico, eu acho que o imposto sobre herança no Brasil é muito pequeno (o imposto é de 4%). Estou falando de herança herança, e não de dois pares de sapato. A gente deveria ser mais generoso. Se você tem um bilhão e tem dois filhos, você poderia deixar 400 milhões para cada filho, e não 500 milhões. Isso ia fazer um bem danado para quem está passando fome.