Ministro da Defesa só fala em urnas em reunião

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Foto: Cristiano Mariz

Na reunião ministerial de ontem, que se prolongou por toda a manhã, o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, falou por cerca de dez minutos.

Mas não pronunciou uma palavra sobre qualquer tema relacionado à pasta. Meteu-se a tratar de eleições. Ou mais precisamente, como o leitor pode imaginar, sobre as urnas eletrônicas.

O general entrou no assunto depois de o próprio Bolsonaro ter expressado sua desconfiança em relação à lisura do processo de apuração das urnas e, claro, reclamar da postura do TSE.

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Em dado momento disse aos colegas de ministério e a Bolsonaro que, até aquele momento, nenhuma das dúvidas levantadas pelas Forças Armadas nas reuniões promovidas pelo TSE sobre a segurança das urnas eletrônicas foram respondidas pelo tribunal.

Bruno Bianco, chefe da AGU, usou seu tempo para falar o que Bolsonaro queria escutar: que a eleição não pertence a um poder, mas ao povo brasileiro. O “poder”, não nomeado por ele, é obviamente o STF.

A propósito, Braga Netto participou da reunião. Pregou a necessidade de alinhamento dos ministros em suas ações para dar unidade ao governo. Uma fala que quer dizer pouco. O que importa é que, mesmo não sendo mais ministro ou assessor, estava no encontro. E teve a palavra. Uma curiosa participação de um pré-candidato a vice-presidente numa reunião de governo.

A propósito de eleições e na mesma linha do seu futuro vice, Bolsonaro pediu a todos os ministros presentes mais engajamento nas ações e na defesa do governo.

O Globo