Os planos do MBL para se manter vivo

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Foto: Sergio Lima / AFP

O MBL (Movimento Brasil Livre) decidiu priorizar nestas eleições o eleitorado que já o conhece em São Paulo. Pesquisas internas apontam que, embora essa fatia se resuma a pouco mais de um terço da população, seria o suficiente para eleger suas principais lideranças.

Um dos puxadores de voto será o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), que poderá eleger mais parlamentares. Como o MBL não é um partido formal, as outras vagas serão preenchidas pela coligação.

Em uma pesquisa qualitativa, os entrevistados apontaram identificar-se com ele por ser jovem, apreciar animes e ser geek, expressão usada para definir pessoas tímidas, que gostam de jogos e computadores. Vem daí sua presença em feiras de games e quadrinhos, entre elas a BGS (Brasil Game Show), uma das maiores sobre o assunto.

A estratégia é consequência do escândalo que abateu o ex-deputado estadual Arthur do Val e frustrou os planos do grupo de se tornar mais conhecido fora da sua bolha. Seria a primeira candidatura majoritária.

A notícia boa para o movimento é que o levantamento mostra que, embora as declarações sexistas tenham dado visibilidade a Do Val e ele tenha se tornado o integrante mais conhecido do grupo, o efeito negativo se restringiu ao ex-deputado, sem afetar o restante das lideranças.

Em 2022, o MBL lançará três candidatos a deputados federais — além de Kim, o vereador Rubinho Nunes em São Paulo e o empresário Samuel Chang em Santa Catarina. Também planejam de 10 a 15 candidaturas a deputado estadual pelo país. Para 2024, o partido quer ter lideranças aptas a disputarem prefeituras.

Folha