
PT prepara reação institucional à violência bolsonarista
Foto: Rafaela Araujo/AFP
O assassinato do guarda civil e dirigente petista que foi morto a tiros por um bolsonarista levou a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a redirecionar o discurso e trazer o tema do combate à violência para o centro do debate. O comando da campanha de Lula já tinha uma reunião marcada para a manhã desta segunda e adequou a pauta do encontro para discutir o crime ocorrido no fim de semana em Paraná.
Estão senado analisadas duas frentes de ação. A primeira, jurídica, avalia quais medidas a campanha petista poderia tomar para que seja dada prioridade à investigação desse caso. A segunda, política, pretende alinhar o tom do discurso para manter o tema em evidência, sem transmitir a ideia de que o PT está explorando politicamente o episódio.
Nesta manhã, em conversas reservadas, pessoas próximas a Lula classificavam o episódio como “absurdo” e “muito grave”. Mas, em geral, ressaltavam que a escalada da violência já era esperada. A expectativa, disse um deles à coluna, é que a situação piore ainda mais daqui para frente.
Ainda há dúvidas entre aliados do ex-presidente sobre qual seria a melhor forma de trazer o assunto para o enfrentamento direto com o presidente Jair Bolsonaro. Há a preocupação de não entrar num jogo que pode ser interessante para o presidente e seus aliados. Ontem, ao tentar se descolar do episódio, Bolsonaro rejeitou o apoio de quem comete violência e atacou a esquerda, ao dizer que esse campo é que tem um histórico de atos violentos.