Bolsonaro “encostou” marqueteiros

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Foto: Cristiano Mariz

O desempenho de Bolsonaro no debate da Band pode ter agradado seus auxiliares próximos, mas parte significativa de membros de sua campanha considerou que o presidente saiu “abaixo do esperado” no programa. Para esse grupo, isso se deve a fatores como falta de organização e planejamento, além do isolamento do marketing.

Há cerca três semanas não acontecem reuniões no comitê da campanha presidencial, em Brasília, entre os coordenadores de peso da área política e a equipe de marketing. Duda Lima, o publicitário que escolhido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para integrar o grupo, ficou de fora do time de dez assessores que Bolsonaro levou para o debate de domingo.

Alijado das decisões, ele tem focado sua atividade na área operacional e é pouco ouvido sobre as estratégias de comunicação, definidas principalmente pelos filhos do presidente, ministros como Ciro Nogueira e Fábio Faria e pelo ex-chefe da Secom, Fábio Wajngarten.

A agenda de Bolsonaro também é outro problema interno. Nesta semana, por exemplo, ele deve ir a Curitiba, São Paulo e Rio Grande do Sul, mas a equipe não sabe, até o momento, quais serão os compromissos do presidente nessas cidades.

A avaliação é que a falta de profissionalismo tem reflexo direto em situações como a de ontem, quando Bolsonaro perdeu a cabeça a atacou a jornalista Vera Magalhães após ser questionado sobre vacinas. O momento foi descrito por integrantes da equipe como um dos piores de Bolsonaro, associado à fala de Ciro Gomes de que o presidente “corrompeu suas ex-mulheres e filhos”, referindo-se à rachadinha.

O Globo