Bolsonaro pede a povo faminto que compre armas

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Foto: Evaristo Sá/AFP

O presidente Jair Bolsonaro estimulou nesta quarta-feira que a população compre armas, alegando que “povo armado jamais será escravizado”. A declaração ocorreu durante evento do agronegócio, durante o qual Bolsonaro defendeu a política de armamento do seu governo, incluindo a ampliação da posse de arma para toda a prioridade rural

— Povo armado jamais será escravizado. Comprem suas armas. Comprem suas armas. Isso também está na Bíblia, lá no Pedrão. Vendam suas capas e comprem espadas — disse Bolsonaro, durante evento promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA).

O registro de novas armas de fogo nas mãos de civis bateu um recorde em 2021, atingindo a marca de 204,3 mil artefatos licenciados pela Polícia Federal. É uma alta de 300% em relação às 51 mil peças registradas em 2018, antes de Bolsonaro assumir com a promessa de facilitar o acesso a armas para cidadãos comuns.

Além disso, o contingente total de CACs — caçadores, atiradores e colecionadores — triplicou desde 2019. Com isso, hoje já são 1,25 milhão de registros ativos.

Ao falar da Bíblia, o presidente citou uma fala de Jesus aos seus apóstolos, citada no Evangelho de Lucas. Em seguida, o presidente afirmou que não quer ser “cordeiro”:

— Não somos cordeiros. Não queremos ser lobo também. Mas jamais queremos ser cordeiro de dois ou três.

O evento, batizado de Encontro Nacional do Agro, teve aspectos de comício. Diversos oradores fizeram elogios a Bolsonaro e críticas ao seu principal oponente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além disso, apesar de não ter cargo público, o candidato a vice na chapa do presidente, o ex-ministro Walter Braga Netto, era um dos presentes no palco.

O Globo