Bolsonaro prepara 7 de setembro agressivo

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Foto: Reprodução

A euforia de aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) com a participação no Jornal Nacional (JN) foi frustrada na manhã desta terça-feira (23) com a operação da PF (Polícia Federal) contra empresários bolsonaristas.

Na noite de segunda-feira (22), dirigentes dos partidos que o apoiam avaliavam que o objetivo a partir dali deveria ser consolidar uma imagem menos agressiva do presidente para conseguir avançar no eleitorado de centro. Embora tenha havido momentos de maior tensão, a percepção foi de que Bolsonaro conseguiu passar firmeza, sem perder o controle.

O principal desafio para consolidar essa imagem seria o 7 de Setembro, quando Bolsonaro poderia, inflamado pelo povo nas ruas, voltar a atacar as urnas e ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Mas a expectativa desses aliados era conseguir convencê-lo a abandonar esse discurso mostrando para ele os ganhos da fala mais moderada no JN.

Depois da operação da PF deflagrada nesta segunda-feira contra empresários bolsonaristas, no entanto, esses mesmos dirigentes avaliam que vai ser difícil conter o presidente nos próximos dias.

Um cenário parecido com o de 2021, quando o chefe do Executivo xingou os ministros do STF e chegou a ameaçar não cumprir mais ordens judiciais de Alexandre de Moraes, preocupam a campanha porque reforçam os votos da bolha, insuficientes para ganhar a eleição, e afastam os moderados que eles tentam reconquistar.

A PF cumpre, na manhã desta terça (23), mandados de busca contra empresários que em um grupo de mensagens defenderam um golpe de Estado, caso o ex-presidente Lula (PT) vença Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais.

Além das buscas, o ministro Alexandre de Moraes também autorizou que os empresários sejam ouvidos pela PF.

Entre os alvos estão Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Sierra, Meyer Nigri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raimundo, da Mormaii, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.

Folha