Bolsonaro quer Fux condenado por defender urnas

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Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar nesta terça-feira ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a questionar o sistema eleitoral brasileiro. Bolsonaro afirmou que o presidente do STF, Luiz Fux, está “equivocado” e que deveria ser investigado no chamado inquérito das fake news por ter defendido as urnas eletrônicas. O presidente também atacou outros dois ministros da Corte, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

Na segunda-feira, na volta dos trabalhos após o recesso de julho, Fux afirmou que o sistema eleitoral brasileiro é um dos “mais eficientes, confiáveis e modernos de todo o mundo”.

Em entrevista à Rádio Guaíba, na manhã desta terça, Bolsonaro rebateu as declarações. Apesar de fazer seguidos ataques ao STF, o presidente não costuma criticar diretamente Fux.

— Com todo respeito ao Fux, de vez em quando nós trocamos algumas palavras aqui, ele é chefe de Poder. Mas, no mínimo, para ser educado, (foi) equivocado. Ou fake news. Que deveria estar o Fux, respondendo processo no inquérito do Alexandre de Moraes, se fosse um inquérito sério. E não essa mentira, essa enganação, que são esses inquéritos do Alexandre de Moraes.

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Em outro momento da entrevista, Bolsonaro afirmou que o ministro Barroso é um “criminoso” por ter articulado no ano passado contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que instituía o voto impresso.

— Interferência direta do Barroso dentro do Congresso Nacional para não aprovar o voto impresso. Interferência política, isso é crime previsto na Constituição. O Barroso é um criminoso.

O presidente também comentou a crítica que a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo fez à atuação de Alexandre de Moraes em um inquérito que apura suspeitas de vazamento cometido por Bolsonaro. Para o presidente, as investigações de Moraes são “ilegais” e “imorais”.

— Os inquéritos do Alexandre de Moraes, (são) completamente ilegais, imorais. É uma perseguição implacável por parte dele.

O Globo