Bolsonaro teme tempo maior de Lula na TV

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Foto: ateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) começou a debater neste final de semana estratégias para contornar um problema que terá na corrida ao Planalto: o tempo menor de TV na propaganda eleitoral em relação ao principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em especial, há uma preocupação com o número menor de inserções na TV – pequenas chamadas de poucos segundos veiculadas nos intervalos comerciais e que alcançam eleitores que não assistem o bloco de horário eleitoral.

A estimativa, segundo especialistas eleitorais ouvidos pelo blog, é que Lula tenha cerca de 3 minutos e 15 segundos de TV, enquanto Bolsonaro terá cerca de 2 minutos e 35 segundos – tempo similar a candidaturas como a de Simone Tebet (MDB, PSDB, Cidadania e Podemos) e Soraya Thronicke (União Brasil).

O tempo é definido pelo leque de alianças dos partidos que apoiam formalmente cada candidato.

A campanha do presidente esperava atrair o PTB para a coligação de partidos que o apoiam, o que acrescentaria quase 40 segundos a mais de tempo de TV. O PTB, no entanto, lançou Roberto Jefferson, que está em prisão domiciliar.

A homologação das candidaturas deve consolidar as alianças e o tempo que cada candidato terá na TV. Ainda pode haver mudanças, mas devem alterar pouco o quadro final.

Fontes da campanha de Bolsonaro disseram ao blog que contam com o tempo de TV para ligar o presidente às bondades e a outras medidas lançadas pelo governo e, assim, virar o quadro eleitoral que hoje – segundo as pesquisas – da vitória à chapa Lula-Geraldo Alckmin.

Parte do círculo próximo de Bolsonaro desdenha do poder do tempo de TV, com o argumento de que em 2018 ele foi eleito com um tempo de candidato nanico, usando muito as redes sociais para alavancar sua candidatura.

Em 2018, entretanto, o atentado sofrido por Bolsonaro o colocou no centro do noticiário nacional, com muita atenção da imprensa.

Apesar do poder inegável das redes sociais em atingir eleitores, integrantes da campanha de reeleição sabem que não se pode deixar de lado a importância da TV.

Um dos integrantes da campanha ouvidos pelo blog afirma que a aposta será o segundo turno, quando os dois candidatos que competem dividem igualmente tempo de TV e inserções.

G1