Eleição terá menos candidatos jovens que em 1994

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Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER

A participação de candidatos com até 29 anos caiu em relação ao total pela primeira vez desde a redemocratização. São 1.286 postulantes a um cargo eletivo nas eleições deste ano, o que representa 4,49% do total.

Desde 1994, a participação de candidatos jovens vinha crescendo. Naquele ano, eram 252 dos 6.647, ou seja 3,79% do total. Na eleição seguinte, em 1998, representavam 4,50% dos 15.092 postulantes e, em 2002, 4,65% dos 18.109.

O percentual de 2022, portanto, é a terceira menor da história, de acordo com os dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). No auge, em 2014, foram 1.671 candidatos até 29 anos, ou 6,37% do total.

A queda também é em números absolutos, considerando as últimas duas eleições gerais. Em 2018 eram 1.612 e em 2014, 1.671.

Neste ano, a candidata mais nova é Pamela Mendes (PMN-PE), de 18 anos, que disputa uma vaga à Assembleia Legislativa de Pernambuco. Há ainda três de 20 anos: Gleyciane (Cidadania-AC), Chiara Biondini (PP-MG) e Nicolly Salustiano (Republicanos-RR), todas concorrendo como deputadas estaduais.

A redução contrasta com o movimento inédito do eleitorado jovem para a regularização do título de eleitor. Entre janeiro e abril, um total de 2.042.817 jovens de 16 a 18 anos emitiram título para estarem aptos a participar do pleito de outubro. O número representa cerca de 20% de jovens nessa faixa etária no país.

De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), trata-se de uma inscrição recorde para esse público, na comparação com o mesmo período dos dois últimos anos em que houve eleição presidencial no país, o que indica uma corrida de última hora para o registro.

Folha