Empresários pró-Lula surtam Bolsonaro

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Foto: Evaristo Sa/AFP

O time do presidente Jair Bolsonaro olha com atenção para o movimento feito pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o empresariado. A avaliação, segundo interlocutores do presidente, é que os manifestos pela democracia patrocinados por entidades como a Febraban de fato serviram como espécie de catalisador para mobilizar setores que “jogam com o PT”.

Em geral, o tom entre aliados próximos do presidente é de irritação com a parcela do setor produtivo que, na visão dos bolsonaristas, sempre foi alinhada a Lula e torce pela derrota do presidente. Um exemplo do tal “empresariado petista” citado quase incessantemente é o Itaú-Unibanco. Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, copresidentes do Conselho de Administração do banco, estão entre os signatários da carta pela democracia lançada por integrantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e que será lida nesta semana em um evento em São Paulo.

Lula tem trabalhado com a ideia de manter o foco da campanha na área econômica, como parte de seu plano para conquistar um eleitorado mais ao centro. O ex-governador Geraldo Alckmin vem tendo papel estratégico no diálogo com o setor produtivo e com o mercado financeiro.

É parte do plano de Bolsonaro para frear o avanço de Lula o encontro que ele terá nesta segunda-feira com representantes da Febraban, que reúne instituições financeiras. A expectativa é por um tom mais ameno por parte do presidente, sem as corriqueiras críticas de que os bancos perderam recursos com a criação do PIX e por isso estão fazendo campanha para Lula.

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