Lula discute política externa no day after do debate

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta segunda-feira (29/8) ser preciso “repactuar” a Organização das Nações Unidas (ONU) para enfrentar as mudanças climáticas. O presidenciável disse ainda que, se eleito, vai agir para que as mudanças sejam feitas no órgão internacional.

“A geografia do mundo mudou, os países mudaram. O que nós precisamos é repactuar os participantes da ONU. É tentar colocar outros países, de outros continentes, para que a gente crie uma nova governança e preste atenção em uma coisa séria”, disse o ex-presidente durante encontro com uma delegação de parlamentares europeus em São Paulo. “A gente não resolverá a questão climática se não tiver uma governança mundial que decida e que todos tenham que cumprir”, completou.

Lula recebeu 13 parlamentares e representantes da Associação Progressista dos Democratas e Socialistas do Parlamento Europeu em um hotel da capital paulista. Entre os presentes estava a líder do grupo, a espanhola Iratxe García Pérez. Também compareceram a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o coordenador do programa de governo da campanha, Aloizio Mercadante, e o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP). Os parlamentares entregaram a Lula um documento com sugestões para a relação entre Brasil e União Europeia, caso o petista seja eleito.

O candidato defendeu, em seu discurso, que o Brasil precisa ser protagonista na questão climática. “O Brasil precisa compartilhar a pesquisa para que a gente descubra tudo o que existe de riqueza na biodiversidade da Amazônia. O Brasil vão vai se fechar em copas, o Brasil pretende fechar parceria com muitos países”, disse Lula. “A gente não quer transformar a Amazônia em um santuário da humanidade, a gente quer explorar da Amazônia aquilo que a biodiversidade pode oferecer”, completou.

O petista também criticou a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, afirmando que ela acontece “no quintal da Europa”. “Para nós é muito claro que a não concorda em hipótese alguma com a ocupação territorial de algum país por um outro país. Acho que a guerra foi precipitada, faltou conversa, liderança, faltou interesse em evitar a guerra”, comentou.

Correio Braziliense