Lula não irá mais a “corredor polonês”

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A presidente do PT e coordenadora geral da campanha presidencial do partido, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta segunda-feira que a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novos debates será avaliada caso a caso. Um dia depois do encontro da Band, em que o presidenciável petista foi, ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL), o principal alvo, a dirigente defendeu também uma discussão sobre o formato dos programas.

— Vamos avaliar convite a convite, vamos avaliar também os convites para entrevistas. Não há problema nenhum em participar, obviamente que a gente quer discutir um pouco o formato. O formato desse debate é muito ruim, muito engessado — respondeu Gleisi, ao ser perguntada sobre o planejamento da campanha para novos debates.

A presidente do PT considera que os tempos de perguntas e respostas do debate são pequenos. Pelo seu raciocínio, o candidato que lidera as pesquisas, por se tornar naturalmente o maior alvo dos rivais, acaba perdendo muito tempo para responder aos ataques que sofre. Gleisi também acha que as perguntas entre os candidatos devem ser livres, sem necessidade de perguntar apenas para quem ainda não foi questionado.

— Todo mundo tem que fazer pergunta para todo mundo? Por que não deixa isso mais fluido? Cada um faz a pergunta para quem quer.

Antes do debate da Band, a campanha do PT trabalhava com a perspectiva de participação de Lula nos encontros da TV Aparecida, previsto inicialmente para 13 de setembro mas já cancelado, e da Globo, no dia 29 de setembro.

Gleisi avalia que Lula cumpriu o papel a que se propôs no debate da Band.

— Avaliamos de forma positiva. O propósito era o presidente falar para o povo brasileiro, sobre os seus legados, sobre os seus feitos, sobre as propostas que nós temos. E ele conseguiu falar isso. Abordou vários temas, foi respeitoso, foi tranquilo.

A dirigente petista acrescentou que o objetivo não era entrar em confronto com Bolsonaro.

— O Bolsonaro foi agressivo, desqualificado, mostrou bem o que é, falou para a sua bolha, para sua base eleitoral, atacou as mulheres. Foi desrespeitoso, não teve postura de presidente da República. O Lula teve postura de presidente, respondeu as coisas, não deixou nada sem resposta.

Gleisi entende que Lula teve uma postura correta no confronto com Ciro Gomes (PDT), mas criticou a linha de ataques do pedetista.

— Só lamento que o Ciro tenha feito uma aliança com Bolsonaro para atacar o Lula.

Folha