Lula tem liderança folgada entre os mais pobres

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Ricardo Stuckert; Alan Santos/PR/Divulgação

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou a segunda semana oficial de campanha fazendo acenos à classe média e aproveitou a sabatina no Jornal Nacional e o início da propaganda eleitoral gratuita para tentar trazer um sentimento de nostalgia de seu governo ao eleitor, sobretudo o mais pobre. Para o segundo público, a estratégia parece acertada. A pesquisa realizada pelo BTG Pactual/Insituto FSB Pesquisas divulgada nesta segunda-feira, 29, mostra que o petista retomou boa parte da vantagem que tinha em relação a Jair Bolsonaro (PL) entre os beneficiários do Auxílio Brasil, programa de renda que sucede o Bolsa Família.

Na semana passada, Bolsonaro havia crescido sete pontos percentuais (de 24% para 31%) entre as pessoas que recebem o auxílio, repercutindo o início do pagamento do benefício turbinado, que subiu de 400 para 600 reais. Já Lula, subiu de 52% para 58% entre esse público. Lula, no entanto, já teve 73% das intenções de voto dos beneficiários do auxílio, segundo a pesquisa.

“O leve crescimento de Jair Bolsonaro registrado há uma semana neste segmento não se confirmou. Aparentemente, o novo valor não mexeu com a escolha eleitoral desse público”, analisa Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa. No cenário geral, a pesquisa estimulada mostra que Lula recuou dois pontos percentuais, de 45% para 43%, dentro da margem de erro, enquanto Bolsonaro ficou estável, com 36%. Ciro Gomes, do PDT, avançou de 6% para 9% na pesquisa.

O Auxílio Brasil é uma das grandes apostas do presidente Jair Bolsonaro para tentar desidratar o ex-presidente Lula em seu eleitorado mais fiel. No primeiro debate entre os presidenciáveis, realizados pela TV Bandeirantes no último domingo, Bolsonaro falou do Auxílio em praticamente todas suas respostas, assim como partiu para o ataque contra Lula. Vale lembrar que o levantamento feito pelo BTG foi realizado entre os dias 26 e 28 de agosto, e não capta a reação do debate, que foi ao ar na noite de domingo. A pesquisa entrevistou 2.000 eleitores em todo o país. A confiabilidade é de 95% e o levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-08934/2022.

Veja