Moraes cria saia justa a Bolsonaro em posse no TSE

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Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo

O próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, convidou todos os ex-presidentes da República vivos para a sua cerimônia de posse, marcada para acontecer na terça-feira, dia 16. Dois deles, José Sarney e Michel Temer, já confirmaram presença.

Foram chamados também a ex-presidente Dilma Rousseff, e os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso e Fernando Collor.

Na quarta-feira, Moraes foi pessoalmente ao palácio do Planalto entregar o convite para a solenidade ao presidente Jair Bolsonaro, que sinalizou que deverá comparecer ao evento.

Além do mandatário e dos ex-chefes do Executivo, o GLOBO apurou que o futuro presidente do TSE convidou todos os governadores, e tem ele mesmo feito os convites por telefone.

A lista de convidados para a solenidade, também segundo informações obtidas pela reportagem, tem cerca de 2 mil nomes, sendo que 400 deles já confirmaram. Na avaliação de interlocutores do TSE, a solenidade terá um forte caráter simbólico por ocorrer no dia em que será iniciada oficialmente a campanha eleitoral.

O evento ocorrerá no plenário principal do TSE, com capacidade para 500 pessoas. Por isso, o cerimonial da Corte já trabalha na disposição de cadeiras extra, e, ao lado da área de segurança, prepara um forte esquema de segurança.

Alvo de ataques por parte de Bolsonaro, Moraes assume o TSE com uma forte expectativa de condução implacável nos casos de fake news durante as eleições — inclusive envolvendo acusações inverídicas contra o sistema eleitoral.

Nos últimos dias, no entanto, sinais foram enviados por parte de emissários do Planalto de que a crise entre o presidente e o ministro pode cessar. Já no dia da entrega dos convites da posse, o tom cordial da conversa entre ambos e a promessa de comparecimento de Bolsonaro foram lidos como uma mudança na relação.

Ao assumir o TSE no próximo dia 16, Moraes se prepara para, além de comandar as eleições de outubro, ficar à frente do tribunal até 2024. Ele substitui o ministro Edson Fachin e tocará a Corte ao lado do ministro Ricardo Lewandowski.

O Globo