Partido de Bolsonaro já planeja aliança com Lula

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Foto: Reprodução

O PL, partido de Jair Bolsonaro, já traça em silêncio o cenário pós-Jair Bolsonaro.

Para quem conhece de perto Valdemar da Costa Neto, o chefão da legenda, não chega a ser propriamente uma surpresa.

Mas, considerando que a campanha presidencial acabou de começar oficialmente, não deixa de ser sintomático.

Com Bolsonaro ainda distante de Lula nas pesquisas, Valdemar se move silenciosamente nos bastidores para garantir uma eventual aliança caso o petista vença a eleição.

Quando o PT esteve no governo, ele e o PL integraram a primeira fileira da base aliada. Valdemar, vale lembrar, chegou a ser condenado por participação no escândalo do mensalão.

Sob reserva, aliados do chefão do partido de Bolsonaro admitem que ele não implodiu em nenhum momento as pontes com Lula.

“Se Lula for o vencedor, ele vai tentar manter os feudos que conseguiu neste governo”, diz uma pessoa próxima a Valdemar.

Na era petista, o PL dominava o setor de transportes — passou com força pelo Ministério dos Transportes e pelo DNIT, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, onde protagonizou rumorosos escândalos.

Já no governo Bolsonaro, o partido ganhou novos feudos, com orçamentos igualmente polpudos. Ocupou uma das principais diretorias do bilionário FNDE, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, e avançou sobre o estatal Banco do Nordeste.

“Ele está bem satisfeito com essas posições e, se mudar o governo, não terá dificuldades para se aliar ao Lula e vai trabalhar para continuar com elas”, admite o aliado. Sem ruborizar a face, diga-se.

Metrópoles