Alckmin acusa Bolsonaro de gostar de tortura

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Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Candidato a vice-presidente da República na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB) disse, nesta terça-feira, que o Brasil “andou para trás”. Durante visita à Santa Casa, em Belo Horizonte, ele criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem, indiretamente, chamou de alguém que tem “saudades da ditadura”.

“Entendemos que o Brasil andou para trás, de forma retrógrada. Na área democrática, (há) um candidato que tem saudade da ditadura e da tortura. Na economia, 33 milhões de brasileiros passando fome. A inflação de comida chega a 30% e, em alguns produtos, a mais de 50%”, disse.

Alckmin visitou a casa de saúde ao lado de Alexandre Kalil (PSD), que concorre ao governo de Minas Gerais com o apoio petista. O senador Alexandre Silveira (PSD), postulante à reeleição pelo mesmo grupo político, também participou

Médico, Alckmin apontou “negacionismo” por parte de Bolsonaro diante da pandemia de COVID-19. “A educação (está) sem projeto. Saúde… Negar vacina? Três coisas mudaram o mundo: água tratada, de qualidade, vacinas e antibióticos. Vivamos 40 anos de idade (em média); pulamos para quase oitenta”.

O candidato a vice estendeu a crítica a outros temas, como o meio ambiente. “(Há) destruição da Amazônia. Não é por agricultor. É por grileiros de terras”.

Ontem, pesquisa do Ipec, formado por executivos do antigo Ibope, apontou que Lula pode vencer Bolsonaro já no primeiro turno. Segundo o levantamento, o petista tem 46% das intenções de voto, contra 31% do capitão reformado – registro BR-01390/2022 junto à Justiça Eleitoral.

Embora não descredibilize os números, Alckmin adotou pregou cautela. “A pesquisa mais importante é a do dia da eleição”, falou.

“Se você perguntar a minha opinião, queremos ganhar no primeiro turno, mas podemos ganhar no segundo também”, emendou.

Depois de visitar as instalações da Santa Casa, Alckmin segue para um encontro com Dom Walmor de Oliveira Azevedo, arcebispo de BH e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Segundo o político, a agenda não tem cunho eleitoral.

“(O objetivo) é ouvir um líder tão importante como Dom Walmor e a CNBB, como fizemos com os evangélicos na semana passada, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro”, assegurou.

Correio Braziliense