Bolsonaro promete vitória impossível para contestar eleição

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Foto: Chip Somodevilla-18.set.22/AFP

A duas semanas das eleições, Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar que vencerá o pleito em primeiro turno e, mais uma vez sem provas, atacou o sistema eleitoral. O presidente está em Londres, onde acompanhou neste domingo (18) o funeral da rainha Elizabeth 2ª.

“Se nós não ganharmos no primeiro turno, algo de anormal aconteceu dentro do TSE”, afirmou em entrevista ao SBT.

O presidente é o segundo colocado nas pesquisas de intenção de votos. Levantamento feito pelo Datafolha de terça-feira (13) a quinta (15) mostrou que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida para a Presidência com 45%, ante 33% de Bolsonaro.

No sábado (17), durante visita a Pernambuco, o presidente afirmou em duas ocasioões –em Caruaru e em Garanhuns– que será vencedor em primeiro turno. O discurso foi repetido neste domingo, também em duas ocasiões –a apoiadores e na entrevista.

Hospedado na casa do embaixador do Brasil em Londres, Bolsonaro foi à varanda e falou a um grupo de brasileiros vestidos de verde e amarelo que o recepcionaram com gritos de seus slogans de campanha. Entre outras coisas, afirmou que será o vencedor no dia 2 de outubro, ainda que pesquisas de intenção de voto desenhem um cenário desfavorável a ele.

Na entrevista à emissora, voltou a desacreditar as pesquisas e atribuiu seu desempenho ao “datapovo”. “Eu digo, se eu tiver menos de 60% dos votos, algo de anormal aconteceu no TSE, tendo em vista obviamente o ‘datapovo’, que você mede pela quantidade de pessoas que não só vão nos meus eventos, bem como nos recepcionam ao longo do percurso até chegar ao local do evento. Estive ontem [sábado] em Garanhuns, terra onde nasceu o Lula, e a receptividade foi excepcional. As imagens bem demonstram o que aconteceu, como no 7 de Setembro, que curiosamente o TSE falou que não pode divulgar imagem”.

Bolsonaro tem feito seguidos ataques ao sistema eleitoral. No Brasil, nunca houve registro de fraude nas urnas eletrônicas, em uso desde 1996.

Neste domingo, a campanha de Lula recorreu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que Bolsonaro seja impedido de explorar eleitoralmente imagens produzidas durante a viagem oficial a Londres para o velório da rainha Elizabeth 2ª.

Folha