‘Bondades’ de Bolsonaro afastaram eleitores
Foto: Ilustração de André Mello
Mesmo na maioria dos estados em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera a corrida pelo Planalto, o candidato tem desempenho pior entre eleitores beneficiários de algum programa do governo federal, inclusive o Auxílio Brasil. É o que revela um levantamento do Pulso com base nos resultados do Ipec para os 26 estados e Distrito Federal divulgados nas últimas semanas.
Entre aqueles com alguém que recebe benefícios federais em casa, Bolsonaro só vence o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em dois estados: Roraima e Acre, onde marca, respectivamente, 69% e 53% dos votos.
Já Lula tem vantagem sobre o atual presidente em 17 estados, incluindo São Paulo e Minas Gerais, maiores colégios eleitorais do país. A distância do petista é maior em estados do Nordeste, onde varia entre 26 e 60 pontos.
Os dois estão empatados, considerando a margem de erro, em outros oito estados: Rondônia, Santa Catarina, Amapá, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Distrito Federal e Tocantins. Essa margem varia, a depender do percentual do grupo entre os entrevistados. Onde há empate ela varia entre cinco (Amapá) e nove pontos percentuais (Santa Catarina) para mais ou menos.
O aumento do valor pago no Auxílio Brasil é uma das principais apostas da campanha de Bolsonaro para as eleições. Os pagamentos começaram no dia 9 de agosto, mas ainda não surtiram efeito no desempenho eleitoral do presidente. A última pesquisa do Ipec para a disputa presidencial, divulgada na segunda-feira, mostrou que Lula manteve 44% das intenções de votos, enquanto Bolsonaro oscilou para baixo e apareceu com 31%, ante 32% no levantamento anterior.