Campanha de Bolsonaro teme 7 de setembro

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Foto: SERGIO LIMA / AFP

Na tentativa de conter Bolsonaro no 7 de setembro, integrantes da campanha passaram a procurar lideranças de movimentos bolsonaristas para falar sobre a data. O principal pedido é que evitem estimular, com faixas e palavras de ordem nos carros de som, ataques ao Judiciário e às urnas.

O maior foco de preocupação é o Rio de Janeiro. Há um grande receio no entorno de Bolsonaro de que o plano de transformar o 7 de setembro num grande ato de campanha caia por terra com discursos golpistas. O dia 7 vem sendo tratado pela equipe como a “data da virada”, mas para isso há a avaliação de que Bolsonaro precisa se apresentar numa versão “paz e amor”, o que é um desafio para o presidente, ainda mais em meio aos seus apoiadores.

A informação de que Bolsonaro convidou os oito empresários bolsonaristas alvos da Polícia Federal para estarem ao seu lado no 7 de setembro, como informou o colunista Lauro Jardim, foi criticada por parte da campanha. Para esse grupo, o gesto soa como provocação ao ministro Alexandre de Moraes, já que foi ele quem decretou as medidas contra os executivos por discutirem, num grupo de WhatsApp, a realização de um golpe de Estado, caso Lula vença. Luciano Hang, um dos investigados, já confirmou presença.

Além disso, impera na campanha um sentimento de “total desorganização” sobre a data. Ainda é uma incógnita o local em que Bolsonaro vai falar, além do tom de seu discurso.

O Globo