Campanha de Lula vê Bolsonaro sem fôlego

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Foto: Miguel Schincariol

De olho na pesquisa Ipec que será divulgada nesta noite, a equipe de Lula tem a expectativa de que não haja uma mudança significativa no cenário atual e que a distância do petista sobre Bolsonaro permaneça em torno dos 13 pontos percentuais. Esse foi o número apresentado no último levantamento, feito há uma semana.

Coordenadores da campanha acreditam que existe uma tendência de melhora de Bolsonaro limitada aos eleitores de renda mais alta e que, por isso, não haveria grandes mudanças nos dados. Os petistas creditam essa leve alta à melhora da economia e à “artilharia pesada” do governo contra Lula. Avaliam porém, que os efeitos dessas medidas estariam chegando ao limite de impacto na opinião pública.

O fator que vem sendo tratado como ”imponderável” na campanha de Lula é o voto útil que, na avaliação dos petistas, só vai se mover às vésperas do primeiro turno.

Já no QG de Bolsonaro há expectativa de que o presidente apresente crescimento que possa diminuir a distância de Lula para 10 pontos. A avaliação da campanha é que efeitos do 7 de Setembro, aliados à queda no preço da gasolina e à estratégia de colar em Lula a pecha da corrupção devem ter reflexos nesse levantamento.

Por outro lado, há preocupação com eventuais impactos da revelação da compra de 51 imóveis feita pelo clã Bolsonaro com uso de dinheiro vivo, segundo reportagem do site “Uol”. Pesquisas internas realizadas pela campanha presidencial mostraram que o assunto foi mal recebido pelo eleitor e pode ter impactos nas urnas para o presidente.

Independentemente do resultado do Ipec, a estratégia de Bolsonaro será a mesma: a de usar as imagens dos populares nas ruas no 7 de Setembro para reforçar a narrativa do “Datapovo”. Essa estratégia, no entanto, sofreu um revés. No sábado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impediu que Bolsonaro use no horário eleitoral de propaganda imagens do 7 de Setembro.

O Globo