Debate da Globo fará indecisos decidirem
Foto: Tiago Queiroz/Estadão
O José Elinando da Silva tem 53 anos. Mora em Manaus e é soldador. Em 2018, trocou o PT pelo voto em Bolsonaro. Agora está indeciso e espera pelo debate desta quinta-feira na TV GLOBO, o último do primeiro turno, para bater o martelo. Mas ele não está sozinho. Na última pesquisa divulgada pelo Ipec, na segunda-feira, um grupo de 10% dos eleitores respondeu ‘não sei” na pergunta espontânea, quando o nome dos candidatos a presidente não é apresentado, o menor percentual desde 1989. Esse segmento é formado, majoritariamente, por mulheres, com renda de até um salário mínimo e ensino fundamental. Nem todos, naturalmente, decidirão a partir do debate. Mas o evento pode ser ter impacto relevante para que se defina pela realização ou não do segundo turno, no dia 30 de outubro, considerando a estreita margem que separa o ex-presidente Lula de mais de 50% dos votos válidos. No Ao Ponto desta quinta-feira, o repórter Eduardo Graça, que acompanhou 10 indecisos ao longo de cinco meses, e a diretora do Instituto Ideia, Cristiana Brandão, contam o que os indecisos esperam dos candidatos no debate e como a apresentação de propostas e a troca de acusações são usualmente entendidas pelos eleitores que ainda não escolheram o candidato. Eles também analisam até que ponto o voto útil pode influenciar esse grupo.