Fala de Brizola ironiza programa em “livrinho”

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Foto: Reprodução

Um vídeo que recupera uma declaração de Leonel Brizola, fundador do PDT, vem sendo compartilhado nas redes sociais para ironizar Ciro Gomes, candidato do partido na disputa presidencial deste ano. A gravação começa com dois momentos da campanha em que, durante entrevistas, o pedetista cita ou mostra o livro “Projeto Nacional: O dever da esperança”, escrito por ele. A obra traz propostas e reflexões de Ciro para o Brasil, em uma espécie de plano de governo informal. Na sequência, porém, surge a imagem de Brizola.

“Francamente, não me causa nenhuma impressão nem ao povo brasileiro são esses candidatos que se apresentam com programinha impresso”, inicia o ex-governador de Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro – ele é, até hoje, o único político eleito para comandar dois estados diferentes. “Não ouve ninguém, não ouve a população… Reúne uns tecnocratas entre quatro paredes e dizem: ‘Está aqui o programa'”, prossegue Brizola, em tom crítico. “Tem um que até se apresenta com um livrinho, assim”, arremata ele, exibindo a mão espalmada para a tela.

 

Na sequência, Brizola afirma que um programa nestes moldes só serviria “para reembolso postal”. A maior liderança da história do PDT completa, por fim: “O país precisa de ideias fundamentais, de ideias básicas, de credibilidade”.

Apenas uma das postagens com a edição que reúne os dois momentos foi compartilhada mais de 2.300 vezes no Twitter, onde também recebeu cerca de 500 comentários e mais de 10 mil curtidas. Já o vídeo em si foi visualizado por volta de 140 mil vezes desde a última terça-feira, quando o conteúdo foi publicado.

As reações ao post ficaram divididas entre críticas a Ciro Gomes e, em maior número, a defesa por parte de apoiadores do candidato. “Pena que o Ciro se perdeu”, lamentou um usuário da rede social. “A antítese do Brizolão”, disse outro.

“Se você é eleitor de esquerda e está fazendo graça com o fato de um candidato apresentar com clareza e transparência o seu programa de governo, sugiro repensar”, ponderou um terceiro internauta. “Pegar um vídeo desses, da década de 80, e trazer para a atualidade, é, no mínimo, de uma desonestidade atroz”, refletiu mais um usuário do Twitter.

O Globo