Itamaraty vê risco para Bolsonaro em exéquias da Rainha

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Foto: Reprodução

Tratada como trunfo pela campanha de Bolsonaro, a ida do presidente ao funeral da rainha Elisabeth II, em Londres, é vista por boa parte dos integrantes do Itamaraty como um “tiro que pode sair pela culatra”. Entre eles há a leitura de que, como presidente, Bolsonaro será recebido com a liturgia que o cargo requer pelo governo britânico, mas, a depender do tratamento que os demais chefes de Estado dispensarão a ele, pode ficar, mais uma vez, isolado.

Com isso, a avaliação é que Bolsonaro daria munição para Lula criticá-lo em uma área que o presidente patina: a política internacional. E isso na reta final do pleito.

O presidente e a primeira-dama Michelle emendarão a viagem a Londres com a ida para Nova York, onde Bolsonaro discursará na abertura da Assembleia Geral da ONU. Entre parte dos diplomatas, a análise é que o presidente use o palco para falar, como nos anos anteriores, para sua plateia, e não ultrapasse os limites de sua bolha.

A estratégia da equipe do presidente é tentar usar esses eventos internacionais para tentar mostrar que Bolsonaro teria prestígio internacional. Também há expectativa que o presidente tenha uma exposição grande na televisão além da propaganda eleitoral, já que o funeral será exibido pelas grandes redes.

O Globo