Lula critica quem mente “em nome de Deus”

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Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta sexta-feira (9/9), que admite um “ser humano normal” mentir, mas que não é aceitável um “pastor, que diz que fala em nome de Deus, mentir”. O candidato afirmou, ainda, que ninguém deve usar o nome de Deus para ganhar voto.

“Eu admito um ser humano normal mentir, mas não é aceitável um pastor, que diz que fala em nome de Deus, mentir. Ninguém pode mentir em nome de Deus. Ninguém deve usar o nome de Deus em vão. Ninguém deve usar o nome de Deus para tentar ganhar voto”, discursou Lula.

O evento com evangélicos foi organizado no segundo maior colégio eleitoral do Rio de Janeiro, atrás apenas da capital fluminense, em resposta às investidas de Jair Bolsonaro (PL) e de pastores que o apoiam, como Silas Malafaia, contra Lula. Um dos exemplos são as fake news divulgadas pelos líderes religiosos bolsonaristas, como a que o petista, caso eleito, fechará igrejas. Estão presentes também o candidato ao governo do Rio Marcelo Freixo (PSB), a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), a mulher do presidenciável, Janja, e seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), entre outros membros da campanha.

“Eu fui candidato cinco vezes. Nunca fui numa igreja tentar utilizar um ato religioso para pegar voto. Porque a hora que o cidadão vai na igreja, ele vai cuidar da sua fé, ele vai cuidar da sua espiritualidade. Ali é o momento que ele está conversando com Deus e ali ele não quer que a gente se meta com política”, afirmou Lula. “Se tem um brasileiro que não precisa provar que acredita em Deus, esse brasileiro sou eu. Eu não teria chegado aonde eu cheguei se não fosse a mão de Deus dirigindo meus passos e guiando os meus movimentos”, completou.

O presidenciável voltou a citar as medidas tomadas em seu governo em favor dos evangélicos, como a sanção da Lei da Liberdade Religiosa em 2003. Ao final do evento, os presentes fizeram uma oração a favor do candidato. O discurso de Lula também foi adaptado aos religiosos: em vez de prometes “picanha e cerveja”, prometeu apenas picanha.

Correio Braziliense