Ministro da Defesa tem surto de homofobia durante missa

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Foto: Lúcio Tavora – 25.ago.22/Xinhua

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, foi à missa nesta terça-feira (6) com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e leu um trecho da Bíblia segundo o qual “pederastas” não terão lugar no reino de Deus.

“Não vos iludais: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem pederastas, nem ladrões, nem avarentos, nem beberrões, nem insolentes, nem salteadores terão parte no reino de Deus”, disse Nogueira ao ler parte da primeira carta de São Paulo aos Coríntios.

Além dos dois, outras autoridades também estiveram na paróquia São Miguel Arcanjo, em um bairro nobre de Brasília. Mais cedo, o presidente havia comentado que iria à missa logo depois de dizer que completaram-se quatro anos do atentado à faca que sofreu em 2018.

O chefe do Executivo também usou a palavra. Primeiro, leu um discurso ajoelhado e, depois, em pé. “Afastai com a força da Santa Cruz todos os poderes inimigos que ameaçam o povo brasileiro”, disse antes de os fiéis aplaudirem e entoarem gritos de “mito”. “Afastai para longe a peste do comunismo.”

Em outro momento, o presidente voltou a criticar a ideologia oposta à sua. “Peço a Ele que o nosso povo não experimente as dores do comunismo e então rezo o Pai Nosso. E nesse Pai Nosso, peço a Ele mais do que sabedoria. Eu peço forças para resistir e coragem para decidir”, disse Bolsonaro.

Ele encerrou o discurso com o lema que costuma repetir: “Deus, pátria, família e liberdade”.

O padre que celebrou a missa, Jean Marcos, fez um discurso alinhado ao do presidente e afirmou que o Brasil é avesso ao comunismo, à ideologia de gênero e ao aborto. “Rezemos pela nossa pátria, pelos nossos governantes e pelo nosso presidente”, afirmou.

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e o candidato a vice, general Braga Netto, também estiveram presentes, assim como os ministros da Economia, Paulo Guedes, das Relações Exteriores, Carlos França, da Advocacia-Geral da União, Bruno Bianco, da Saúde, Marcelo Queiroga, e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), entre outras autoridades próximas ao mandatário.

Folha