Policial preso dividiu palanque com Bolsonaro

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Foto: Reprodução

Ex-chefe da Polícia Civil e candidato a deputado federal no Rio pelo PL, Allan Turnowski discursou no trio elétrico usado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na orla de Copacabana no dia 7 de setembro. O episódio ocorreu dois dias antes da prisão de Turnowski, nesta sexta-feira, por suposto envolvimento com o jogo do bicho. Na ocasião, Turnowski foi chamado a falar ao público junto a deputados bolsonaristas que também ocupavam o espaço, após o discurso de Bolsonaro, no qual o presidente disse ser contrário à corrupção e afirmou, referindo-se ao ex-presidente Lula (PT), que “esse tipo de gente tem que ser extirpada da vida pública”.

No trio elétrico em questão, contratado pelo pastor Silas Malafaia para receber Bolsonaro, Turnowski foi anunciado pelo vereador Alexandre Isquierdo (União), aliado de Malafaia, como “candidato tolerância zero contra o crime”, slogan que o ex-chefe da Polícia Civil tem usado na campanha. Em seu discurso, Turnowski fez pedidos de votos em si mesmo para deputado federal, “Cláudio Castro para governador e Jair Bolsonaro para presidente”.

— Vocês podem escolher entre votar em ladrão ou votar em quem prende os criminosos — discursou Turnowski.

No momento em que Turnowski foi chamado para discursar, Bolsonaro já havia descido do trio elétrico. Antes, o ex-chefe da Polícia Civil havia posado para uma foto ao lado do presidente, compartilhada em suas redes sociais. Turnowski também aproveitou o momento no trio elétrico para gravar um vídeo com o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), candidato à reeleição e seu correligionário, no qual afirmam estarem “juntos” na campanha.

Em suas redes, Turnowski também publicou uma foto do momento em que discursava no trio elétrico usado por Bolsonaro. Na foto, o nome e número originais de sua camisa aparecem modificados por edição para “Allan Turnowski” e “22”, em referência à campanha eleitoral. Originalmente, Turnowski usava uma camisa da seleção brasileira com o número 10 e o nome de Neymar.

O Globo