Veja prisão de mais um bolsonarista assassino
Foto: Polícia Civil/Divulgação
O bolsonarista Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, foi preso preventivamente nesta quinta-feira por matar a facadas e tentar decapitar o petista Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, na zona rural do município de Confresa, em Mato Grosso. No momento do flagrante, o apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi advertido por um dos policiais: “Agora você passou da condição de testemunha para suspeito”.
Rafael deu 15 facadas na vítima e, depois, ainda tentou decapitá-lo com um machado. O suspeito foi identificado pelas autoridade quando foi buscar ajuda em uma unidade de saúde por conta de um corte na mão.
No hospital, os funcionários acionaram a polícia e Rafael foi levado à delegacia, onde ficou preso e confessou o crime por “motivação política”. Antes, a Polícia Civil foi ao local do crime, numa chácara, e encontrou elementos que ligavam Rafael Oliveira ao crime. Ele confessou.
O crime aconteceu quando Rafael e Benedito estavam discutindo por causa de política. De acordo com a Polícia Civil, durante a briga, Benedito teria dado um soco no queixo de Rafael, que revidou o golpe. Em seguida, Benedito teria pego uma faca — logo tomada de suas mãos por Rafael.
O suspeito atacou a vítima nas costas e desferiu ao todo quinze facadas contra o homem, no olho, testa e pescoço. Rafael teria então ido a um barraco e pego um machado, com o qual desferiu o golpe fatal em Benedito.
— Segundo o próprio autor, ele deferiu aproximadamente 15 facadas. Tomei conhecimento que ele teve a prisão convertida para preventiva, então ele continuará preso pelos próximos dias —, afirmou o delegado Victor Donizete de Oliveira Pereira.
Na decisão da Justiça, Rafael teve a prisão convertida para preventiva pelo crime cometido por ódio político.
— Em um estado democrático de direito, no qual o pluralismo político é um dos seus princípios fundamentais torna-se ainda mais reprovável a conduta do custodiado — diz o juiz Carlos Eduardo Pinho Bezerra de Menezes, na decisão.
O magistrado ainda destaca que a intolerância não será admitida pela Justiça.
— A intolerância não deve e não será admitida, sob pena de regredirmos aos tempos de barbárie. A liberdade de manifestação do pensamento, seja ela político-partidária, religiosa, ou outra, é uma garantia fundamental irrenunciável — pontua.