Aliados de Bolsonaro temem debate com Lula

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Foto: Reprodução

A apreensão sobre o debate da Band entre Bolsonaro e Lula tem crescido entre integrantes do Palácio do Planalto e parte da campanha do presidente. Isso porque, apesar dos apelos, Bolsonaro se recusa mais uma vez a se preparar para o programa.

A ausência de Padre Kelmon para auxiliar o capitão nos ataques ao petista também é motivo de preocupação, em especial, dentro da campanha. A leitura da equipe é que, no debate da TV Globo, Bolsonaro conseguiu terceirizar para o padre boa parte das ofensas a Lula e, assim, não teria passado uma imagem de agressividade que lhe tira votos.

No último debate, às vésperas do primeiro turno, Bolsonaro chegou a sinalizar que aceitaria uma preparação com o marqueteiro do PL, Duda Lima, mas voltou atrás. O argumento do presidente para negar qualquer treinamento é que a preparação o faria parecer “fake” e tiraria sua espontaneidade.

Aliados de Bolsonaro avaliam que é hora de mudar o roteiro e aderir a um esquema profissional. Eles acreditam que Lula estará “afiado” e que o programa será uma oportunidade importante para aumentar a rejeição do ex-presidente, especialmente entre eleitores de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT).

Como informou a coluna, o petista espera receber de Bolsonaro ataques abaixo da cintura e vai trabalhar com dois roteiros de resposta: um mais propositivo e outro voltado em revidar ofensas.

Entre integrantes do marketing da campanha de Bolsonaro o receio é que ele só dê ouvidos à ala ideológica capitaneada por Carlos Bolsonaro e reforce na televisão o discurso de ódio que lhe tira votos e que a propaganda eleitoral tenta esconder.

O Globo