Bolsonaro não declarou gastos com auditoria de inserções
Foto: JL ROSA / AFP
A Audiency Brasil Tecnologia, responsável pelo relatório que sugere favorecimento a Lula em inserções de rádios, não consta até o momento nas prestações de contas informadas por Jair Bolsonaro e pelo PL à Justiça Eleitoral.
Em denúncia ao TSE, a campanha do presidente apontou que centenas de propagandas deixaram de ser veiculadas por emissoras. Alexandre de Moraes negou o pedido por falta de consistência e de provas. Na decisão, afirmou que a Audiency “não é especializada em auditoria e cuja metodologia não oferece as condições necessárias de segurança para as conclusões apontadas” pelos advogados de Bolsonaro.
Apenas a Soundview Tecnologia, citada por Fabio Wajngarten como uma das contratadas para auditoria, aparece na plataforma do TSE. A empresa recebeu R$ 501 mil por serviços de checagem de TV e rádio. Ela já atuava na campanha há pelo menos dois meses.
A função da Soundview era apenas a de gerar dados por meio de um banco de dados do software e enviar aos clientes, responsáveis pelas análises necessárias.
Ao contrário de doações recebidas — que devem ser comunicadas em até 72 horas —, não é obrigatório informar os serviços contratados até a prestação de contas parcial e final, prevista para 19 de novembro no caso do segundo turno. É comum, porém, as campanhas registrarem os dados com certa frequência.
Procurada, a campanha de Bolsonaro não se manifestou. A Audiency também não deu retorno, mas explicou ao TSE que a base sua análise é o streaming.