Bolsonaro promete tudo para apagar efeito Guedes

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Foto: Reprodução

Na tentativa de rebater as acusações feitas pelo PT de que o governo tem um plano que ameaça o poder de compra da população mais pobre, o programa eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL) desta terça-feira trouxe a promessa de reajuste do salário mínimo e das pensões acima da inflação, caso ele seja reeleito. Também foram citados outros acenos, como a ampliação das isenções do Imposto de Renda (IR) e a manutenção do Auxílio Brasil.

Lula tem explorado o vazamento de um plano em estudo no Ministério da Economia que desvincularia a inflação da correção do mínimo e das aposentadorias do país. A partir disso, o PT tem centrado críticas no titular da pasta, Paulo Guedes, com o objetivo de desgastar Bolsonaro e manter o debate na reta final da campanha na trincheira do social.

Sem citar os ataques, a apresentadora do programa de Bolsonaro afirma que só ele tem “forças” para reajustar o salário de “verdade”.

— Agora a casa está arrumada, a pandemia ficou para trás e o povo brasileiro escolheu um Congresso que apoia o presidente. Por isso, não acredite em fake news. Só Bolsonaro tem forças para cuidar da nossa economia e reajustar seu salário de verdade.

Em seguida, um narrador detalha as promessas:

— Bolsonaro vai aumentar o salário mínimo e o salário dos servidores públicos acima de inflação. As pensões e aposentadorias também serão reajustadas da mesma maneira.

Também foram reforçadas outras propostas já apresentadas, como a isenção do IR para quem ganha até R$ 6 mil e benefício extra de R$ 200 para beneficiários do Auxílio Brasil que conseguem emprego.

— Nosso presidente vai zerar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 6 mil. O Auxílio Brasil vai continuar, e quem começa a trabalhar, além de manter o benefício de R$ 600, já recebe mais R$ 200.

Na semana passada, Bolsonaro já havia gravado um vídeo para garantir o reajuste acima da inflação para o salário mínimo e para os servidores. A proposta orçamentária de 2023, assinada pelo próprio presidente, porém, não prevê recursos suficientes para nenhuma dessas promessas.

Nesta terça, mantendo os ataques na área econômica, a campanha de Lula afirmou que “o próximo passo” de Bolsonaro é acabar com o 13° salário e as férias. O chefe do Executivo, contudo, não menciona o tema em seu programa de governo e já se insurgiu contra o fim do 13º salário em 2018, quando o assunto foi levantado pelo seu vice, Hamilton Mourão. À época, Bolsonaro disse que a ideia era uma “ofensa” aos trabalhadores.

O Globo