Disparam denúncias de assédio eleitoral

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Foto: Gabriel de Paiva

O número de denúncias de assédio eleitoral feitas ao Ministério Público do Trabalho dobrou em apenas uma semana, passando de 197 registros na quarta-feira passada para 396 nesta terça. O assédio eleitoral ocorre quando um empregador coage seus funcionários a votarem em determinado candidato.

A quantidade de denúncias de assédio eleitoral nesta eleição, até o momento, é cerca de 87% maior do que a registrada em todo pleito de 2018, quando o MPT recebeu 212 denúncias. Na época, 98 empresas foram denunciadas.

Desde o início da campanha eleitoral tem surgido relatos acerca da prática, mas as denúncias se intensificaram após o primeiro turno das eleições. A região Sul concentra o maior número de casos, com 143 denúncias. Em seguida, está a região Sudeste com 116 relatos; o Nordeste com 81 casos; Centro-oeste com 37 registros; e, por fim, o Norte com 19.

Apenas dois estados não registraram denúncias relacionadas à prática: Roraima e Amapá. A unidade da federação campeã de denúncias foi Minas Gerais, com 70 ocorrências. Em segundo lugar, o Rio Grande do Sul concentra 51 denúncias e o Paraná, 50.

Na semana passada, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, comentou sobre o tema. O ministro classificou a prática como “lamentável”.

— Lamentavelmente temos casos de assédio eleitoral do empregador coagindo, ameaçando para que seus funcionários votem ou deixem de votar em determinadas pessoas. Há inclusive empregadores querendo trocar dinheiro, querendo comprar o documento do empregador — afirmou Moraes.

O Globo