Escritor famoso nos quadrinhos apoia Lula

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Phil Fisk/Divulgação

O escritor britânico Alan Moore declarou nesta sexta-feira (28/10) apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. Pela conta no Facebook Moore publicou uma carta na qual critica Jair Bolsonaro (PL) e diz que o atual mandatário está alimentando “um incontrolável incêndio de ódio como cortina de fumaça para suas agendas sociais e econômicas”.

“Como um anarquista, existem muito poucos líderes políticos que eu poderia tolerar completamente, muito menos apoiar. Porém, com tudo o que eu ouvi ou li sobre ele, Luiz da Silva, Lula, parece ser um desses raros indivíduos”, escreve Moore. “Suas políticas parecem ser justas, humanas e práticas e, da forma como eu entendo, ele prometeu reverter muitas das mais desastrosas decisões de Bolsonaro. Reparar o dano desses últimos cinco anos certamente não seria fácil ou sem custos, e da Silva estaria herdando uma paisagem política muito desfigurada”, acrescenta.

Alan Moore é um escritor conhecido principalmente por suas obras em quadrinhos, como Watchmen, V de Vingança e Batman – A piada mortal. Várias delas foram adaptadas para o cinema.

Em sua postagem, endereçada aos brasileiros, Moore compara Bolsonaro ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e ao ex-primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson. “Embora o norte global obviamente contribui muito mais do que deveria com figuras políticas horrorizantes para a situação mundial, eu não conheço ninguém com um pingo de consciência ou compaixão que não esteja chocado com o que Bolsonaro, surfando na marola de Trump, fez a seu enorme e belo país”, diz o escritor.

Moore diz ainda que as eleições brasileiras estão “equilibradas no fio de uma faca” e que o mundo inteiro está prestando atenção. “Se você já aproveitou algum dos meus trabalhos, ou já sentiu alguma simpatia com suas inclinações humanitárias, então por favor saia e vote por um futuro adequado para seres humanos, por um mundo que é mais do que uma latrina de outro das corporações e seus fantoches”, pede o autor.

Correio Braziliense