Maioria dos diretórios do MDB aderem a Lula
Foto: Mathilde Missioneiro/Folhapress
De quatro a cinco diretórios do MDB devem declarar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno. O cálculo é do senador Renan Calheiros (AL), uma das principais lideranças da ala lulista do partido.
Os novos estados se somam a outros 11 que já estavam com o petista na primeira etapa das eleições.
Entre as novas adesões, está o diretório de Mato Grosso do Sul, onde o emedebista André Puccinelli ficou em terceiro lugar para o governo, com 17% dos votos. O apoio é considerado importante devido à prevalência do eleitor ligado ao agronegócio no estado.
Nesta sexta-feira (7), a senadora Simone Tebet (MDB) entregou a Lula propostas para serem incluídas em seu programa de governo e prometeu total apoio ao petista.
Para Renan, a declaração de apoio de Tebet é importante “para dar um norte aos 4% que ela teve de votos”. Ele diz que a senadora fez uma bela campanha, com bom desempenho nos debates, e que isso não é nenhuma surpresa porque ela sempre foi uma boa parlamentar.
O senador minimizou apoios conquistados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no Sudeste, como o dos governadores Claudio Castro (PL) e Romeu Zema (Novo) porque não são novos apoios. “Ninguém vira bolsonarista do dia para noite, por acaso. Essa turma já vem de longa data.”
Já o apoio do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB) Renan acredita que pode acabar sendo um tiro no pé, porque o tucano, na sua avaliação, carregaria ainda a rejeição ao antecessor, João Doria, atrelada a ele.
Apesar da candidatura presidencial de Simone Tebet, o MDB caminhou rachado ao longo do primeiro turno. Parte do partido apoiou Bolsonaro e, outra, Lula. Antes da convenção que oficializou a candidatura da senadora, representantes de 11 diretórios declararam apoio ao petista em uma reunião em São Paulo.