PRFs que asfixiaram inocente custam caro

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Foto: Reprodução

Os cinco policiais rodoviários federais (PRFs) que assinaram o boletim de ocorrência sobre a abordagem que resultou na morte por asfixia de Genivaldo de Jesus Santos, em Umbaúba, Sergipe, já receberam ao menos R$ 267,8 mil, em rendimentos brutos, desde o episódio.

Os policiais foram afastados da corporação e se tornaram alvos de procedimentos preparatórios, mas continuam recebendo seus salários normalmente.

Genivaldo foi morto em maio deste ano, numa espécie de “câmera de gás” improvisada pelos agentes no porta-mala de uma viatura. A reportagem considerou os salários brutos dos cinco PRFs entre junho e setembro. Os valores foram obtidos pelo Metrópoles via Lei de Acesso à Informação (LAI).

Apesar de cinco policiais assinarem o boletim de ocorrência, somente três deles participaram efetivamente da abordagem. William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento foram indiciados pela Polícia Federal (PF) no último dia 26 por abuso de autoridade e homicídio qualificado (asfixia e sem possibilitar meios de defesa). Nessa segunda-feira (10/10), o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação criminal contra esses agentes.

Kleber tem o maior salário entre os cinco agentes. Ele recebe R$ 16.552,34 mensais. William e Paulo Rodolpho ganham, respectivamente, subsídios de R$ 12.096,19 e R$ 13.104,72.

Os outros dois policiais são Clenilson José dos Santos, que tem salário de R$ 12.096,19, e Adeilton dos Santos Nunes, que ganha R$ 13.104,72. Eles, porém, não foram indiciados pela PF, tampouco alvos da ação criminal ajuizada pelo MPF.

Procurada, a PRF informou que os agentes envolvidos no caso “encontram-se afastados de toda e qualquer atividade relacionada ao exercício do cargo”.

Metrópoles