Caminhoneiros golpistas podem ser presos

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Foto: AFP

O Ministério Público do Pará (MPF) solicitou, nesta terça-feira (1°/11), que a Polícia Federal prenda em flagrante os manifestantes que bloquearem as rodovias do estado. Segundo a Procuradoria, o comportamento dos caminhoneiros bolsonaristas podem ser considerados crimes de “tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o estado democrático de Direito”.

O ofício é assinado por 18 procuradores do Pará. De acordo com o órgão, a pena para os crimes pode variar de quatro a oito anos, ou de “tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”, com pena prevista de reclusão de quatro a doze anos.

“Fica claro que qualquer ato que negue a soberania e o voto popular está indo de encontro à Constituição Federal/88, sendo assim, requisitamos que Vossa Excelência instaure os inquéritos policiais competentes, identifique as eventuais lideranças e participantes dessas manifestações, assim como proceda com as medidas cabíveis, inclusive, se possível, a prisão em flagrante dos criminosos”, diz o documento.

Revoltados com o resultado das urnas que, no último domingo, deu vitória ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caminhoneiros bolsonaristas bloqueiam as estradas do Brasil. Na noite de segunda-feira (31/10), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as Polícias Militares estaduais desobstruam imediatamente todas as vias públicas que estejam com o trânsito interrompido.

No entanto, centenas de rodovias estão travadas pelos apoiadores do presidente. Após dois dias de silêncio, Jair Bolsonaro se pronunciou pela primeira vez sobre a derrota. Em um discurso de dois minutos e meio, ele agradeceu aos eleitores, criticou os bloqueios nas estradas e não citou em nenhum momento a vitória do candidato petista.

Correio Braziliense