Filho de Bolsonaro posta foto com pai após relatório golpista

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Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

No dia em que o PL endossou o discurso golpista do bolsonarismo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) publicou nas redes sociais uma foto ao lado do pai, o presidente Jair Bolsonaro.

“Boa noite”, ele escreveu na legenda da imagem em que os dois aparecem sorridentes. O deputado não informou a data em que a foto foi feita.

 

Segundo a coluna Painel, da Folha, a decisão do PL de contestar os votos de parte das urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno contou com a participação ativa do presidente.

Para isso, Bolsonaro suspendeu o isolamento que vive desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 30 de outubro.

O presidente participou de uma reunião na manhã desta terça para discutir o relatório contratado pelo PL e debater a estratégia a seguir.

Além do presidente, participaram da reunião o presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto, o presidente do Instituto Voto Legal, contratado pela legenda, Carlos Rocha, o publicitário Duda Lima, que comandou o marketing da campanha eleitoral e advogados do PL.

Na fase de reclusão, no Palácio da Alvorada, Bolsonaro delegou tarefas ao vice Hamilton Mourão. Uma das explicações de pessoas próximas é que ele se recuperava de um quadro de infecção bacteriana nas pernas.

O PL decidiu pedir ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mesmo sem apresentar provas de fraude, a invalidação de votos depositados em urnas por “mau funcionamento”.

De acordo com o partido, mais de 279,3 mil urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno do pleito “apresentaram problemas crônicos de desconformidade irreparável no seu funcionamento”.

Para as atuais eleições, a Justiça Eleitoral disponibilizou cerca de 577 mil equipamentos.

As urnas questionadas também foram utilizadas no primeiro turno, quando o PL elegeu a maior bancada de deputados federais da próxima legislatura —terá 99 cadeiras na Câmara.

Em uma decisão que empareda o PL, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, determinou que o partido adicione em seu pedido de anulação de votos as urnas eletrônicas também utilizadas no primeiro turno das eleições.

“As urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizadas tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022. Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas”, decidiu o ministro.

Caso insista na tese, o PL estaria endossando uma ação judicial que, em tese, tem potencial de prejudicar as vitórias eleitorais do próprio partido no primeiro turno.

Folha