PL começa a trocar Planalto pela planície

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Foto: EFE

Passada a tensão da semana pós-eleição, quando uma onda de protestos golpistas tomou as ruas contra a vitória de Lula nas urnas, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, vai finalmente falar sobre os rumos do partido que conquistou as maiores bancadas do Congresso. O cacique deve anunciar nesta terça que o partido será oposição ao governo.

Valdemar terá na Câmara, sob seu comando, 99 deputados. Essa turma, hoje, é dividida entre bolsonaristas que estão incondicionalmente com Jair Bolsonaro na oposição e parlamentares de centro que seguem o tom moderado do cacique do PL.

O primeiro desafio do partido é pacificar essas duas alas. Como o Radar mostrou na semana passada, as ameaças e cobranças já começaram no grupo de WhatsApp do PL. Os bolsonaristas querem que todo filiado do PL que flertar com o governo Lula seja expulso.

Bolsonaro será presidente de honra da sigla e deve liderar o partido em diferentes frentes políticas, mas Valdemar não deve ser oposição radical ao governo. Sua interlocução com a gestão petista se dará por meio de Geraldo Alckmin, o vice e líder da transição que é amigo dele.

A fala de Valdemar nesta semana serve para aplacar as pressões dos aliados que exigem um posicionamento claro do partido nesta caminhada.

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