STF luta conscientemente contra o nazismo

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Eduardo Guimarães

O Ministério Público de Santa Catarina não viu apologia ao nazismo por parte de multidão bolsonarista da cidade de São Miguel do Oeste após essas pessoas serem expostas em um vídeo que as mostrava fazendo a saudação nazista clássica e inequívoca.

A conclusão preliminar do MP-SC foi repudiada por entidades e pelo embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thoms. A Confederação Israelita do Brasil também condenou o episódio.

“As imagens de manifestantes fazendo saudações nazistas em protesto em Santa Catarina são repugnantes e precisam ser investigadas e condenadas com veemência pelas autoridades e pela sociedade como um todo. O nazismo prega e pratica a morte e a destruição”, diz trecho de nota divulgada pela entidade.

Assessores, ministros e simpatizantes de Bolsonaro já encenaram rituais e gestos nazistas e o próprio presidente usa lema nazifascista o tempo todo. Além disso, Bolsonaro tem extenso histórico de simpatia pelo nazismo.

Em 1995, Bolsonaro apoiou estudantes de colégio militar de Porto Alegre que escolheram Adolf Hitler como personagem histórico que mais admiravam.; em 2004, Bolsonaro saudou grupos neonazistas que o apoiavam; em 2011, em São Paulo, neonazistas fizeram ato público para homenagear Bolsonaro; em 2013, Bolsonaro enviou carta de solidariedade a neonazista preso; em 2015, posou ao lado de professor que se vestiu como nazista; assessor de Bolsonaro fez gesto nazista em audiência no Senado; ex-secretário de Cultura de Bolsonaro encenou discurso do ministro da propaganda nazista Joseph Goebels; em 2021, Bolsonaro concordou com apoiador que citou Hitler como exemplo para Educação; no mesmo ano, Bolsonaro posou ao lado de neonazistas alemães; na eleição de 2018, todos os sites neonazistas do país declararam apoio à eleição de Bolsonaro.

Se tudo isso não bastasse, nesta segunda-feira (21/11) a Folha de São Paulo noticia que, para barrar o avanço do nazibolsonarismo, o STF adotou princípio idealizado na Alemanha há mais de oito décadas pelo filósofo alemão Karl Loewenstein. Esse princípio visa impedir que estados nacionais naufraguem no nazifascismo.

O princípio da “democracia militante” defende que o sistema democrático tenha mecanismos de defesa para garantir sua própria sobrevivência —entre eles, a restrição de direitos políticos de pessoas que atentem contra a democracia e a repressão a atividades que façam o mesmo.

Parte da grande imprensa brasileira tem manifestado preocupação com “excessos” do STF ao cassar a “liberdade de expressão” de nazibolsonaristas, mas tudo isso se deve à visão turva que ainda vitima a nossa mídia corporativa, que teve seu papel na ascensão do nazismo que a família Bolsonaro tenta desencadear no Brasil – e que, em boa medida, vem conseguindo.

Contudo, qualquer um que se dedique a estudar o nazismo fica assustado ao notar quanto o bolsonarismo se assemelha. Bolsonaro, aliás, é um legítimo expoente do neonazismo. Senão, vejamos algumas táticas de Hitler que ele adotou

1 – Culpar comunistas por tudo

2 – Criar milícia uniformizada para atacar adversários (camisas amarelas)

3 – Divulgar notícias falsas sem parar (Goebels)

4 – Jactar-se da própria masculinidade e invencibilidade (ubermacht)

5 – Doutrinar crianças ideologicamente (escolas militares)

Enquanto a classe política e as militâncias se preocupam com cargos e vantagens no novo governo e questionam a frente amplíssima de Lula, o Brasil segue ameaçado por elucubrações antidemocráticas por parte dos militares bolsonaristas, que são muitos mais do que se supõe.

Debochar dos fanáticos que se ajoelham nas portas dos quartéis é uma tentação, mas tudo isso ocorre no âmbito de ações LITERALMENTE TERRORISTAS, como agressões e até assassinatos, incêndios, depredações, intimidações de quem pensa diferente e tudo mais que lembra a alemanha do período entre 1923 e 1933, quando o nazismo sequestrou corações e mentes.

Não deu um mês para a grande imprensa começar a implicar com Lula – uso do cachimbo faz a boca torta. Grupos de esquerda ameaçam roer a corda da frente ampla por não concordarem com a centro-direita na aliança. Tomara que todos acordem a tempo.

Redação