Bolsonarista preso queria atirar em Lula
Foto: Reprodução
A Polícia Civil investiga a suspeita de que o empresário George Washington Sousa tenha tentado fazer um curso com um sniper em Brasília. A hipótese, inclusive, foi confirmada pelo governador Ibaneis Rocha, em coletiva de imprensa promovida ontem, no Palácio do Buriti.
No apartamento que o empresário do Pará alugava no Sudoeste, a polícia encontrou, além de armas e vasta munição, um tripé para um fuzil, o que pode confirmar a veracidade da informação.
Em outra frente, os agentes apuram a participação de George Washington nos atos de vandalismo na área central de Brasília, em 12 de dezembro. Na ocasião, extremistas queimaram oito veículos, entre ônibus e carros, e depredaram estruturas, deixando um cenário de terror na cidade.
O próximo passo das investigações consistirá, também, em apurar as notas fiscais de compras de armas e munições. No imóvel no Sudoeste, foi apreendida uma nota fiscal no valor de R$ 280,23. O material, no entanto, ainda será analisado.
Ao ser preso, George Washington disponibilizou à polícia o contato de dois colegas. Um deles, é Ricardo Cunha, pré-candidato ao governo do Pará. Já o segundo amigo contou à reportagem que recebeu a ligação do empresário por volta de 1h, mas estava sem bateria no celular. “Acredito que ele me ligou porque eu e minha esposa procurávamos conversar com ele quando estava desanimado no acampamento sem notícias relevantes para a situação”, disse.
O rapaz relatou ter conhecido George Washington nas manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na cidade de Marabá, mas que não tem contato com os familiares dele. “Nossa tenda do Sul do Pará sempre estava aberta a todos que quisessem entrar. Aparecia gente de todos lugares e ideologias”, disse. “Fiquei surpreso com a atitude dele, pois prejudica muito o sentido pacífico das nossa manifestações. Se ele fez algo errado, tem que pagar, como qualquer cidadão”, afirmou.