Bolsonaro é acusado de incentivar terrorismo
Foto: Evaristo Sa/AFP
No sábado de Natal, um homem foi preso em Brasília acusado de articular um ataque terrorista nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília. Washington Sousa, 54 anos, disse aos policiais que iria explodir um caminhão-tanque de querosene de aviação em nome de uma tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro no poder.
O presidente não controla a vontade de radicais que atuam em seu nome, mas tem o dever, como líder da nação — por mais esta última semana –, de condenar ação e desencorajar novos movimentos da mesma natureza. O que fez Bolsonaro depois do grave ocorrido? Guardou silêncio no exílio do Palácio da Alvorada.
O apoiador do presidente ainda guardava em Brasília armas e munições que seriam usadas na tentativa de espalhar o caos e inviabilizar a posse de Lula. A inteligência do Governo do Distrito Federal, que desarticulou o atentado e já registrou outras ocorrências com explosivos nos últimos dias, trata com máxima seriedade a possibilidade de ação de lobos solitários nesta semana.
Bolsonaro, em silêncio, contribui para que os radicais sigam motivados. Poderia mandar apoiadores para casa e deixar o poder com dignidade, mas prefere ver o circo pegar fogo, ainda que esteja perigosamente próximo das chamas.