Governador do DF ordenou prisões de bolsonaristas

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Foto: Denio Simões/Valor

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), informou que acionou todas as forças policiais, na noite desta segunda-feira, para conter o conflito causado por bolsonaristas e que “a ordem é prender os vândalos”. A confusão começou na sede da Polícia Federal, na capital federal, onde apoiadores do presidente Jair Bolsonaro tentaram invadir o prédio, depredaram e incendiaram carros e ônibus, em protesto contra a prisão de um indígena que participava de manifestações antidemocráticas.

De acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que decretou a prisão a pedido da Procuradoria-Geral da República, Serere Xavante convocou manifestantes armados a agirem para impedir a diplomação dos eleitos, realizada nesta segunda-feira.

A polícia precisou usar balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo, para tentar dispersar o grupo, que revidava atirando paus e pedras em direção aos policiais. Ao menos uma pessoa ficou ferida no confronto.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do DF, por medida de segurança, foram fechados os acessos à Esplanada dos Ministérios, Praça dos Três Poderes e outras vias da região central. A Polícia Militar também reforçou a segurança em torno do hotel onde o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está hospedado.

Governador da Bahia e escolhido como ministro-chefe da Casa Civil do futuro governo Lula, Rui Costa (PT-BA) conversou por telefone com o governador do Distrito Federal sobre os atos de vandalismo em Brasília.

Ibaneis garantiu a Costa que a segurança foi reforçada visando o reestabelecimento da ordem pública.

“Não é admissível que pequenos grupos de arruaceiros promovam o caos na capital do país. A identificação e punição dos culpados deve ocorrer rapidamente”, afirmou Costa.

Outro a se manifestar foi o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Luciano Leiro.

“Lamentável e inacreditável os fatos que ocorrem hoje em frente à Sede da Polícia Federal em Brasília. Estar em desacordo e se manifestar pacificamente é democrático, mas ações como essas são criminosas e merecem todo rigor da lei”, disse Leiro.

Valor Econômico