PL quer sabotar Bolsa Família de R$ 600

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Foto: Reprodução

Líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ) já tem uma estratégia para anular os esforços do PT para que a PEC da Transição tenha tramitação acelerada na Casa. Petistas creem que a PEC pode ser aprovada na semana que vem. Mas Portinho diz que, antes da votação, pedirá audiência pública com economistas, com o objetivo de entender os impactos fiscais da medida, além de vistas. O percurso alongado foi informado a Wellington Dias (PT-PI), que procurou o líder do PL para tentar um acordo de votação. Ouviu que o futuro governo se açodou em protocolar a proposta sem negociar antes e que, como o tempo é curto, não terá êxito na estratégia de pedir alto (R$ 200 bi) para fechar num meio-termo (R$ 150 bi).

“Tudo no Senado se decide no colégio de líderes. Eles dizem que chamaram líderes para conversar, mas quando você vê a foto estão lá Davi Alcolumbre (União-AP) e Marcelo Castro (MDB-PI). Estão se falando só entre eles”, diz Portinho.

As conversas de bastidores para a formação da futura base de governo, irrigada com a oferta de cargos, seguem a pleno vapor. Com Lula, o PSD recebeu a sinalização de que poderá indicar dois ministros. Além de Alexandre Silveira (MG) para a Infraestrutura, o segundo nome cotado é o do deputado Pedro Paulo (RJ), apontado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Jaques Wagner (PT-BA) foi escolhido pelos senadores como o interlocutor com o governo de transição, a despeito de Lula ter sinalizado que temas que envolvam a relação dos partidos com o PT são com Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Estadão