PL tenta chantagear Moraes

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Foto: Antonio Augusto/TSE

Pressionado por Bolsonaro para fazer uma nova investida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o pedido de novas eleições, Valdemar Costa Neto já sinalizou que não embarcará em mais uma vez na aventura. O presidente do PL tem mostrado a interlocutores que buscará um “cessar fogo” em relação ao presidente da corte, Alexandre de Moraes, na tentativa de desbloquear as contas da sigla.

Além disso, Valdemar considera que a diplomação de Lula é um “marco” e que não cabe pedir a realização de um novo pleito a esta altura. O próprio Bolsonaro sabe que as chances de a medida prosperar são nulas, mas quer usar a ação para incendiar ainda mais seus apoiadores nas ruas.

Com as contas bloqueadas, o PL está sem dinheiro para pagar os funcionários e nem conseguiu fechar o contrato da casa que deve ser alugada para Bolsonaro e Michelle.

Como informou a coluna, após a decisão de Moraes que impôs ao PL uma multa de R$ R$ 22,9 milhões, depois de a legenda questionar, sem provas, a integridade de quase 300 mil urnas, e só durante o segundo turno das eleições, Valdemar entrou em campo para dar o troco no magistrado. Ele atuou diretamente contra a PEC que garantiria aumento do contracheque de juízes. Agora, porém, o cacique avalia que é a hora de tirar o pé na tentativa de liberar, ao menos parte, das contas.

Nesta quinta-feira, o TSE julga o recurso apresentado pelo PL que pede que a suspensão do fundo partidário se limite a 10% do valor que a legenda recebe mensalmente. Também solicitou o desbloqueio de outras contas que não estariam relacionadas ao fundo. Se o pedido não for atendido, o cessar fogo deve ter vida curta.

O Globo