Prossegue a novela da briga de vereadoras
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A presidência da Câmara Municipal de São Paulo, comandada por Milton Leite (União Brasil), decidiu anular a decisão da Corregedoria da Casa que havia definido punições iguais às vereadoras Cris Monteiro (Novo) e Janaína Lima (expulsa do Novo, hoje no MDB) por trocarem agressões no banheiro da Casa em 2021.
Como revelou o Painel, a Procuradoria da Câmara apurava possível irregularidade na nomeação do vereador Marlon Luz (MDB) para a Corregedoria, realizada no começo de dezembro, para participar do julgamento.
O parecer da Procuradoria foi o de que a nomeação de Luz foi nula, pois não foi validada pelo presidente da Casa, como determina o regimento. Milton Leite, então, decidiu nesta quarta-feira (21) pela anulação dos julgamentos dos quais o vereador participou.
A Corregedoria da Casa terá que fazer novo julgamento para definir as penas das envolvidas.
No julgamento anulado, elas receberam suspensão de 60 dias. No entanto, vereadores têm pressionado por pena maior para Janaína, por considerarem que ela feriu uma pessoa que, na época, tinha 60 anos, e a submeteu a uma situação humilhante —segundo relata a vereadora do Novo, a colega jogou sua peruca (Cris tem alopecia) no chão depois de enforcá-la. Janaína diz que foi atacada e agiu em legítima defesa.
A decisão de Leite reabre a possibilidade para uma punição maior para Janaína. A Corregedoria só voltará a se reunir no ano que vem, com novo presidente, Rubinho Nunes (União).
Ele foi o relator do caso na Corregedoria e defendeu punição de 30 dias para Cris e 120 para Janaína. O critério foi a gravidade das lesões na vereadora do Novo.