Bolsonaro comandou dezenas de ataques à imprensa
Edilson Dantas/Ag. O Globo
Dos 1.442 casos de ataques à imprensa que a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) registrou entre 2019 e 2022, as digitais de Jair Bolsonaro foram encontradas em 570 deles — o equivalente a 39,5%.
O total de episódios creditados ao ex-presidente no mandato consta em levantamento inédito que a entidade produz anualmente e lança hoje no Rio de Janeiro.
Somente em 2022, segundo a Fenaj, Bolsonaro foi responsável por 104 casos do tipo, que corresponderam a 27,6% do total de 376.
Os registros incluem tentativas de descredibilizar profissionais e veículos de comunicação (80 vezes) e agressões diretas a jornalistas (10 verbais e 14 classificadas como “hostilizações”).
E isso somente entre janeiro e outubro, já que Bolsonaro permaneceu em silêncio após ter sido derrotado nas urnas por Lula.
Ao longo do mandato, diz a Fenaj, Bolsonaro atacou a imprensa a cada dois dias e meio, em média.