Brasil e EUA se unem contra Bolsonaro e Trump
Foto:Evaristo Sá/AFP
Conselheiros da área jurídica de Lula defendem a realização de uma cooperação internacional com as autoridades dos Estados Unidos na busca de provas sobre a atuação de Jair Bolsonaro e seus filhos nos atos de vandalismo realizados em Brasília.
Para esses conselheiros, há justificativas suficientes para embasar esse pedido, como a presença de Jair Bolsonaro em Orlando, na Flórida, e também do ex-secretário de Justiça do Distrito Federal Anderson Torres nos EUA quando os atos terroristas ocorreram. Torres, que integrava o primeiro escalão do governo Bolsonaro como ministro da Justiça, é investigado e alvo de uma ordem de prisão.
Outra justificativa para solicitar a cooperação seria uma viagem feita pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) a Miami após a derrotada do pai nas urnas. Segundo o jornal norte-americano “The Washington Post”, o filho de Jair Bolsonaro teve encontros com Donald Trump no país e foi aconselhado por estrategistas do ex-presidente a contestar o resultado da eleição brasileira.
O pedido para essa cooperação internacional, que visaria ter provas contra o clã Bolsonaro relativas aos atos antidemocráticos no Brasil, seria feita por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), subordinado à Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça.
Para que esse pedido possa avançar, no entanto, é necessário que Bolsonaro seja alvo de uma investigação criminal e que haja uma ordem judicial expedida no Brasil para o DRCI.
Nesta quinta-feira, a casa onde Bolsonaro está hospedada em Orlando passou a ser um endereço visitado pela imprensa dos EUA, que também cobra explicação do ex-presidente sobre os atos golpistas.