Explode denúncia de “golpe” na Fiesp

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Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Os membros do Comitê de Defesa da Democracia divulgaram um manifesto na noite desta quarta-feira, 18, em solidariedade a Josué Gomes, que foi afastado da presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp. Em carta assinada por nomes como o ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga, a socióloga e herdeira do Itaú Unibanco Maria Alice Setubal e os professores Ana Elisa Bechara (Faculdade de Direito da USP), Clemente Ganz Lúcio e Oscar Vilhena Vieira (FGV Direto SP), o grupo vê com “repulsa” a “insidiosa tentativa de afastamento de Josué Gomes de suas funções como presidente da Fiesp, perpetrada por alguns representantes de sindicatos patronais da entidade”.

Há um entendimento por parte dos signatários de que Gomes caiu da posição de liderança da entidade por ter fomentado, enquanto presidente da Fiesp, o Manifesto em Defesa da Democracia e da Justiça, pouco tempo antes do primeiro turno das eleições presidenciais. “Causa particular repulsa o fato de que pese contra a permanência de Josué Gomes na presidência da instituição o seu apoio ao ‘Manifesto em Defesa da Democracia e da Justiça’, organizado por este Comitê, e lido no dia 11 de agosto de 2022, no Salão Nobre da Faculdade de Direito do Largo São Francisco”, aponta o texto.

“Nesse Manifesto um grande número de entidades empresariais e da sociedade civil reiteraram seu ‘compromisso inarredável com a democracia’, assim como clamaram pelo respeito à Constituição e à Justiça e, em especial, ao Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal”, continua a carta, que classifica a participação de Gomes na defesa da democracia como “essencial para que as eleições de 2022 ocorressem dentro da normalidade, devendo ser motivo de orgulho para a classe empresarial brasileira”.

No último parágrafo, o manifesto diz que “não se pode admitir que um pequeno grupo de pessoas ressentidas com o triunfo da democracia sobre o autoritarismo venha agora, em sintonia com aqueles que vandalizam nossas instituições, retaliar uma liderança empresarial exemplar, que sempre deixou claro ser a democracia o único caminho para que o Brasil supere os seus principais desafios”, afirma. “Como cidadãs e cidadãos irmanados na defesa do Estado Democrático de Direito, hipotecamos a Josué Gomes nossa integral solidariedade.”

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